Precisamos encontrar Cristo a cada dia

“Mas, os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram” Lc 24, 16.

A visão nos faz enxergar a beleza da natureza, como também a sujeira que se lança ao meio ambiente. A visão nos ajuda a não tropeçarmos nos obstáculos ao andar na rua, e nos faz perceber se o farol está fechado e se podemos atravessar com segurança. A visão nos ajuda a escolhermos a melhor fruta e não levarmos um fruto podre para casa. É através da visão que conseguimos distinguir coisas simples de nosso dia a dia.

Imagine você atravessando a rua com os olhos vendados, seria bem assustador, não é?! Às vezes passamos a maior parte da nossa vida, com olhos vendados, como se estivéssemos cegos. Não percebemos que Cristo passa em nossas vidas, como passou na vida daqueles discípulos a caminho de Emaús. Jesus caminhou com eles um longo caminho e só depois se atentaram que era o Senhor.

Precisamos saber encontrar Cristo não somente quando estamos diante do sacrário, precisamos encontrá-Lo a cada dia, esteja onde estivermos. No trabalho, na escola, na rua, no ônibus, na Igreja ou no mercado, já dizia um grande santo: “ou encontramos Cristo na nossa vida todos os dias ou não O encontraremos nunca no sacrário”.

Encontramos Cristo na Eucaristia, na Palavra, na oração, na Santa Missa. Mas, devemos encontrar Cristo também na nossa vida diária de trabalho, muitas vezes na agitação do dia a dia. A verdade é uma só: “Ele não se esconde de nós”. Ele não se revela só para alguns! Cristo fala com os forasteiros, fala com os mestres e profetas, e fala com os que sentam na relva. A distinção quem faz somos nós, porque diante de Deus não há distinção. Ele caminha conosco, fala conosco, se faz presente sensivelmente em vida de simples pessoas, que dificilmente se destacam.

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Feche os olhos ao terminar esta leitura, e perceba o que te cerca, seja o barulho de um trânsito intenso que você esteja enfrentando, a voz de pessoas falando ao seu redor, passos de crianças correndo, ou o barulho do vento tocando as árvores, seja no silêncio da Igreja ou no barulho do seu trabalho, é Cristo que passa…

Por
Simone Magalhães da Silva Dortti, Missionária consagrada na Comunidade Fanuel – Rosto de Deus