Exercer a hospitalidade
“Hospedem uns aos outros, sem reclamar” (1 Pd 4,9).
Depois de termos estudado a acolhida do Senhor para conosco e a nossa acolhida para com Ele, trataremos agora desta obra de misericórdia na perspectiva evangelizadora, isto é, em relação ao nosso dever de acolher bem as pessoas, exercendo este dom chamado hospitalidade, sobretudo em nossas células.
A hospitalidade é uma marca registrada do povo de Deus. Vemos isso no AT e no NT, onde o seu real significado vai além de ser um bondoso anfitrião ou abrir com frequencia o lar a convidados.
O termo hospitalidade significa “amor pelos estranhos”. Não se trata, portanto, de manter a casa aberta aos familiares e amigos; a hospitalidade tem esse desafio de fazer-nos abertos a todos, tanto ao próximo quanto ao estranho. Talvez por isso São Pedro disse: “Acolhei sem reclamar”, pois como disse o Senhor Jesus, não há recompensa para quem trata bem apenas aos mais chegados (cf. Mt 5,46-47; Lc 14,12-13).
Na vida da célula temos de estar atentos a este ponto, para que nossa vida e nossa casa se abra realmente às pessoas. A hospitalidade tem a ver com criarmos um espaço livre em nós e em nossa comunidade, para que os ‘estranhos’ possam entrar e, possivelmente, tornarem-se nossos amigos. Isto é desafiador!
As células hospitaleiras integram pessoas diferentes e fazem com que todos convivam em Cristo, pois diante de Deus não existem estas diferenças (cf. Gl 3,28). Hospitaleira é a pessoa disposta a acolher todos, sobretudo aos estranhos e aos que tem maiores necessidades, demonstrando o amor de Deus a eles. Hospitaleiras tem de ser as nossas células; esta é a vontade de Deus.
16 – EBS 2016 – 12 a 18 de junho- CLIQUE E BAIXE ARQUIVO PDF