17 – EBS 2016 – 19 a 25 de junho

Estrangeiros nesta terra

“Amados, exorto-vos, como a peregrinos e forasteiros neste mundo,
a que vos abstenhais dos desejos carnais que promovem guerra contra a alma” (1 Pd 2,11).

Chegamos ao último estudo sobre esta obra de misericórdia, e vamos aprofundar a verdade contida no versículo apresentado acima, conforme a Bíblia de Jerusalém.

Por mais que tenhamos experimentado em nossa vida o amor de Deus, que nos acolheu quando estávamos no pecado. Por mais que, por graça, nosso coração tenha se aberto e tenhamos acolhido a Cristo em nossas vidas e visto Suas maravilhas acontecer desde então. E por mais que, como resultado de nosso amor a Deus, já estejamos praticando a hospitalidade por caridade, seja em nossas famílias ou em nossas células, ainda não chegamos ao limite da reflexão sobre hospitalidade.

Isto porque, por melhor acolhidos que sejamos nesta terra, por mais em casa que você se sinta em sua família e comunidade cristã, a verdade é que não somos desta terra. Tem mais da parte de Deus para nós. Somos cidadãos do céu e toda a nossa jornada nesta terra é pouco diante do gozo que experimentaremos quando entrarmos na hospedaria da glória eterna, no Paraíso.

Os cidadãos do céu devem afeiçoar-se às coisas da sua pátria. Para isto serve a Igreja (e nela, a nossa Comunidade), com todas as suas fontes inesgotáveis de graça, verdade, santidade, beleza etc. Mas a própria Igreja é ainda “só o começo”. Ela é o germe do Reino que ainda se manifestará. O que provamos aqui já é bom, mas o que está sendo preparado será melhor ainda; São Paulo falou em coisas que os olhos não viram nem os ouvidos ouviram! Também falou que ainda vemos por um espelho, mas um dia veremos a Face de Deus tal como ela é; São João disse que ainda não se manifestou o que haveremos de ser! O melhor ainda está por vir. Creia nisso e ensine os seus irmãos a crerem também, ajudando-os no dia-a-dia a desapegarem-se das coisas desta terra, de tudo o que faz guerra contra a alma, para que, livres, possamos um dia deixarmos este exílio, onde somos estrangeiros, e entrar em nossa pátria verdadeira, onde, enfim, saberemos o que significa sermos felizes.

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