22 – EBS 2016 – 31 de jul a 6 de agosto

Assistir aos enfermos (parte 1)
“Curai os enfermos…” (Lc 10,9a).

Ao longo do mês meditaremos sobre mais duas obras de misericórdia corporais: assistir aos enfermos e enterrar os mortos. Hoje veremos a primeira parte da assistência aos enfermos.

As Escrituras, já no AT, mas, sobretudo no NT, atestam o desejo de Deus em ver-nos bem, com saúde completa (cf. 3 Jo 2). E também é muito clara em afirmar que a doença é uma das consequências de nossa ruptura com Deus chamada pecado. Não é a mais grave, mas tem a capacidade de fazer-nos experimentar a impotência, os limites e a finitude e pode levar qualquer pessoa “à angústia, a fechar-se sobre si mesma, e às vezes ao desespero e à revolta contra Deus” (CAT, 1501).

Se por um lado, por estar ligada ao pecado original e ao mal, a doença não faz parte do plano de Deus, por outro reconhecemos que tem a permissão divina – que dos males pode tirar bens maiores e melhores (cf. Gn 50,40) –, como provocar a busca ou o retorno a Deus, sendo, assim, caminho de conversão. Por isso há tantos testemunhos de cura seguidos de lindas conversões tanto na Bíblia como na história da Igreja.

Deus e a doença – Deus não a quer. Ora, se Ele não a quer nós também não devemos querê-la ou com ela nos conformarmos ou concordarmos. No Ministério do Senhor Jesus todas as vezes em que se deparou com pessoas enfermas Ele as curou. Também capacitou e ordenou a Igreja para curar, de tal modo que até mesmo um Sacramento de Cura foi por Ele instituído (cf. Tg 5,13-15). Mas não só isso, Ele concedeu dons extraordinários de cura – distintos da Unção dos Enfermos – para que possamos utilizar entre nós, sobretudo nas reuniões de oração e na assistência aos enfermos (cf. 1 Cor 12,9.28.30).

Nós e os doentes – Assim, o melhor modo de assistirmos aos enfermos é assumirmos a ordem e a promessa de Cristo à Sua Igreja (cf. Mc 16,15-18), impondo sem medo as mãos e orando com fé expectante por nossos irmãos, seja por aqueles que têm dores mínimas, seja por aqueles que estão com graves problemas ou, pior, estejam em risco de vida.

Aplicação: Nas reuniões de células, sobretudo na Entrega temos de exercitar o poder curador que o Senhor Jesus dispensa sobre a Sua Igreja. Portanto, nunca encerre uma reunião sem antes orar com fé uns pelos outros, principalmente por quem tiver problemas de saúde.

ATENÇÃO: É evidente que a postura de fé na cura divina não deve fazer-nos dispensar o cuidado amoroso e prudente com os doentes, nem o recurso aos médicos e aos tratamentos, pois uma coisa não exclui outra. Também não devemos julgar que a falta de saúde indica a falta de fé de alguém ou o seu pecado pessoal, tampouco aqueles que são usados por Deus para curar o são porque tem méritos ou porque são santos.

CLIQUE AQUI E BAIXE O PDF – 22 – EBS 2016 – 31 de jul a 6 de agosto