Benção dos Filhos Parte II

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Escritura | Ef 6,1-4

E há tantos filhos que bem mais do que um palácio, gostariam de um abraço e do carinho entre seus pais…”. Este trechinho de um clássico do Pe. Zezinho, scj; contém uma grande verdade, que pode iluminar o nosso tratamento com os nossos filhos;

Historicamente as famílias educavam os filhos para a vivência da honra aos pais(cf. Ef 6,1-2). Avós e pais ensinavam respeito aos filhos e esperavam isto deles. Em troca recebiam amor também, reconhecimento pela dedicação, pelos sacrifícios de amor, renúncias, dureza do trabalho etc.;

Hoje muitos pais tratam os filhos para serem amados por eles. Para tanto, evitam disciplinas, correções, mimam bastante, dão tudo o que querem, introduzem-nos no consumismo, seguindo a risca a cartilha da TV e do Youtube. Em troca muitos não conseguem nem amor nem respeito, basta ver quantas crianças e adolescentes/jovens mal-educados que temos!

Pais não foram chamados a dar coisas aos filhos, mas a si mesmos. Mais do que presentes, filhos precisam de presença, de pais presentes, precisam de um lar harmonioso, com pai e mãe dialogando, rezando juntos, calculando juntos, brincando, assistindo boa programação de TV com eles, decidindo sempre em nome do bem comum e não de interesses individualistas;

Tem pais tentando resolver seus traumas de infância (pobreza, ausência dos pais, complexo de inferioridade etc.) cobrindo os filhos de coisas, que vão de brinquedos a roupas, de eletrônicos a hábitos alimentares… Isto está errado! Muitos falam em direito dos filhos! Ora, o direito dos filhos é ter uma família sadia e só! Colégio particular, roupas de marca, presentes caros, smartphones! etc., não são direitos; quem pode oferecer, se isto condiz com seu estilo de vida, que o faça. Mas sacrificar o próprio estilo de vida em nome deste “conforto” não está na vontade de Deus;

Para ter orgulho e admiração dos pais os filhos precisam conhecê-los: conversando, ouvindo histórias, brincando juntos, sendo ajudados por eles na tarefa escolar, na oração em família etc. Os pais precisam conquistar os filhos, investir mais de si (seu tempo) do que de seu dinheiro.Também os pais precisam conhecer e respeitar as amizades dos filhos, e também considerar seus gostos, sobretudo a partir da adolescência;

Quando errarem, os pais precisam reconhecer e pedir perdão aos filhos. Isto é muito importante. Nenhum pai precisa bancar o “super herói”. Existem falhas de comportamento, dificuldades financeiras, enfermidades etc.

Temos de ser transparentes, falar a verdade aos filhos, fazê-los sentirem-se parte da família, compreender as dificuldades, serem formados para a vida, para a religião, para o respeito, para a honra.

Por Cesar Machado Lima
Consagrado da Comunidade Fanuel