Essa foi a pergunta que ouvi há cerca de dois anos em um Congresso Nacional do Método de Ovulação Billings (MOB), e a resposta foi-nos dada por instrutores do MOB, que ironicamente não geraram ainda em seus corpos.
Apesar que em nosso tempo a bandeira dos “sem filhos” estar sendo constantemente hasteada, só quem prova em sua vida o amargor da infecundidade, sabe quão triste é não poder ser juiz de sua descendência.
Há quem possa sentir-se menosprezado por Deus e perguntar-se “por que eu?”, ou “até quando?”, mais ainda “quem pode ter filhos, os joga no lixo”… Digo a estes: não permita que essas perguntas e argumentos te conduzam. Reconheça constantemente o amor de Deus que não faz acepção de pessoas (At 10, 34), e recorde que nem a morte, nem a vida podem nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8,38-39).
A resposta para essa pergunta é que isto é um mistério que Nosso Senhor nos desvendará um dia, quando O encontrarmos face a face (Ap 22,4)… Agora vemos em parte (1 Cor 13,12).
Mas, não aceite ser uma pessoa triste, um casal amargurado.
Há pesquisas que dizem que casais que enfrentam a infertilidade tendem a se separar. Não permita que isso aconteça em sua vida. Como? Dêem sentido a este sofrimento.
Os instrutores do MOB que me respondiam essa questão naquele Congresso, tem vivido esse sofrimento à luz de Cristo, gerando vida onde o destino seria a morte; dedicam-se ao apostolado Pró-Vida e já livraram mais de 600 bebês do aborto, e suas mães da culpa eterna de desejarem a morte de um inocente.
Outros se abriram à vida através da adoção de crianças fora do padrão que imaginaram, crianças maiores, que na maioria das vezes são abandonadas nos Conselhos Tutelares até completarem sua maioridade…
Há ainda aqueles que permanecem no silêncio, mas não na inércia. Têm gerado vida em casais que de maneira muito sutil foram seduzidos pela antiga serpente e fecharam seus corpos e seus corações para os filhos que Deus deseja abençoá-los. Esses silenciosos casais, não falam de sua infecundidade nos seus próprios corpos, mas corrigem essa infecundidade nos corações desses casais seduzidos, gerando vida onde havia morte, livrando muitíssimos casais dos anticoncepcionais, das esterilizações consentidas e os convertendo, pela graça de Deus, em pais e mães de dois, três, quatro filhos…
Não há mulher infecunda! Toda mulher foi pensada por Deus para gerar, senão em seus corpos, em suas almas, na humanidade.
Não se sinta inferior! Não se sintadesprezada! Deus a ama incondicionalmente, e um dia enxugará as lágrimas de seus olhos (Ap 21,4), e lhe mostrará todos os filhos que você gerar através de suas orações, de seu apostolado.
Feliz dia das mães a todas as mulheres!
Caroline de Oliveira Machado – Consagrada na Comunidade Católica Fanuel