EBS 2016 – De 20 a 26 de março

[vc_row][vc_column][vc_column_text]20 a 26 de março de 2016
Jesus Crucificado, o Rosto Misericordioso de Deus

“Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai.
O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese”
(Papa Francisco, em Misericordiae Vultus).

Toda a vida de Cristo foi uma profunda revelação da Misericórdia de Deus. Suas palavras e gestos manifestaram a grandeza do eterno amor do Pai (cf. Sl 136,1). Nele o amor divino foi visível e palpável, de tal modo que Seu relacionamento com as pessoas, as curas e os milagres e o contato com os pecadores – dos mais pobres aos ricos, porém, corrompidos pelos vícios – foi pura expressão da Misericórdia.

Mas é, sobretudo no Mistério da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, que chegamos ao ápice da revelação da Divina Misericórdia. E é exatamente este Mistério Supremo que somos chamados a vivenciar ao longo desta Semana Santa, iniciada com o Domingo de Ramos.

Nesta semana o centro de tudo é o tríduo pascal (de quinta a sábado), mas a Sexta-Feira Santa ocupa um lugar especial. É o único dia no ano em que o centro da liturgia deixa de ser a Santíssima Eucaristia, e passa a ser a Cruz. A própria Santa Missa não é celebrada, pois este é o dia por excelência em que devemos contemplar e adorar o Crucificado. O rito de adoração da Cruz é um momento único de graça que toma toda a Igreja, pois o Mistério do lenho da Cruz refulge sobre as trevas deste mundo e do mundo interior de cada pessoa.

No judaísmo havia um grande dia do perdão, chamado Yom Kippur. O sumo-sacerdote, levando sangue animal, transpunha o véu do templo e, ali, no Santo dos Santos, pronunciava o Nome Divino: Adonai, em substituição ao impronunciável e sagrado YHWH. Neste instante estabelecia-se a comunicação entre o céu e a terra, e a própria presença de Deus expiava os pecados da nação. No Calvário temos também o nosso “grande dia da expiação”, pois o Filho de Deus – Sumo e Eterno Sacerdote – rasgou os céus mais que o véu do templo de alto a baixo, e entrou de uma vez por todas no Santuário da Misericórdia; não com o sangue de criaturas, senão com Seu próprio sangue imaculado, para perdoar os pecados dos homens de todos os tempos. Ali Cristo pronunciou o Seu Santo Nome: Kyrios (Senhor); ali o “Eu Sou” aceitou deixar de ser momentaneamente o Senhor na vergonha da Cruz, para que por Seus méritos pudéssemos nos tornar filhos de Deus, passando pela redenção e recebendo o Espírito do Pai.

A Cruz é o trono real de Cristo, por ela Ele começou efetivamente o Seu governo em nossas almas. A Cruz é o leito nupcial de Cristo, onde se doou completamente pela amada noiva, a Igreja, isto é, cada batizado comprado pelo Seu sangue. Olhar para o Cruz é reencontrar o sentido de uma vida que não mais nos pertence, é descobrir o sentido da nossa oferta, do nosso sim, da nossa rendição; é redescobrir o sentido da nossa união esponsal com o Salvador, é reavivar a chama de nosso amor desinteressado por Ele. Ali só há amor gratuito, Daquele que dá a vida pelos amigos. Mas por que Ele fez isso? Alguém poderia perguntar… Por que teve de ser assim, com tamanha dor, abandono etc.? Ora, porque Ele é amor, expressão plena da Misericórdia Divina, que não aceita explicações ou razões. Ele amou-nos porque é amor e isto basta. A Cruz é total gratuidade, é o gesto supremo de quem ama sem explicar e que não exige nada para si.

Na Cruz Nosso Senhor, enfim, tomou Seu trono real. Pela entrega de Sua vida tornou-se Senhor; ali também o Esposo tem o seu leito nupcial, lugar da oferta de todo o Seu ser.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][ultimate_spacer height=”35″][vc_btn title=”CLIQUE AQUI E BAIXE EBS EM PDF” link=”url:http%3A%2F%2Fwww.comunidadefanuel.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F03%2F6-EBS-2016-20-a-26-de-mar%C3%A7o.pdf|title:ebs|target:%20_blank”][/vc_column][/vc_row]