“Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: ‘Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver’” (At 5,19-20).
Como nos tempos iniciais da Igreja, e muito provavelmente somente se pode comparar àquele período, vivemos dias de noites terríveis lançadas sobre o cristianismo. Já houveram outros momentos da história em que a fé pareceria morrer e a Igreja pareceria não resistir; inimigos internos e externos lançaram mão de todos os recursos para a destruição, mas obviamente não lograram sucesso, porque é infalível a promessa de Nosso Senhor (cf. Mt 16,18).
Em nossos dias assistimos a algo mais intenso e comparável à hora inicial e ainda pior, porque temos de um lado o incrível acesso a todos os povos da terra concretamente falando, pois o mundo conhecido hoje é efetivamente o mundo real, não há canto do planeta que não se saiba existir. Para a Igreja da primeira hora, o mundo todo era o limite das terras do Império Romano; com o conhecimento do mundo todo, o que não é tão recente, temos também o acesso jamais visto devido aos meios de comunicação e transporte, que nos dão a total capacidade de tornar o Nome e a obra de Nosso Senhor realmente conhecidos e permitir a todo ser humano que se converta e creia no Evangelho. Tudo isso nos aproxima da Palavra, que diz: “Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim” (Mt 24,14).
Ao lado da constatação de possibilidade de cumprimento da missão, também assistimos em nossos dias as densas trevas que se espessam e avançam sobre a fé verdadeira e que, em escala mundial, querem aprisionar a mensagem; internamente por meio de um falso cristianismo, socialista e político, cheio de esquemas teológicos e infiltrações clericais, que se apoderando até de altos escalões da Igreja, prega uma mensagem convincente para muitos, mas enganadora, guiada pelo “falso profeta” da igualdade, que quer rebaixar ao nível dos iguais até Nosso Senhor, colocando-O no panteão de todas as religiões, e acima apenas um Estado laico e controlador; fora da Igreja um mundo cheio do “politicamente correto” que em nome dos direitos humanos tirou dos mesmos seres humanos o temor a Deus e construiu uma sociedade de 7 bilhões de “deuses”; o mundo nunca foi tão idólatra!
Estamos, portanto, como São Pedro na prisão, perseguidos pelos religiosos de ocasião e pressionados pelo mundo pagão. Em meio a esta noite vem o anjo e nos diz: “Pregue o modo de viver”. Nosso modo de viver cristão, que cultivamos na vida em comunidade, e que se torna agora o germe de uma nova civilização que virá depois de uma intervenção de Nosso Senhor que se avizinha rapidamente.
A Comunidade Fanuel prega Cristo pelo modo de viver na vida fraterna, na fé ortodoxa, na liturgia purificada e católica, numa vida de oração centrada nas Escrituras e na Eucaristia. Você faz parte deste modo de viver?
Estamos sendo enviados a pregar ao povo, a partir do templo, esta vida que temos recebido e vivido, pois Cristo está vivo e nós também Nele. Aleluia!
Em Cristo
Sandro F. Peres