Dom Pe­dro Car­los Ci­pol­lini: novo bispo da di­o­cese de Santo An­dré

bispo_oficialO Santo Pa­dre Fran­cisco, aco­lhendo o pe­dido de re­nún­cia apre­sen­tado por Dom Nel­son Wes­trupp, SCJ, Bispo da Di­o­cese de Santo An­dré, con­forme prevê o cân. 401 § 1 do Có­digo de Di­reito Canô­nico (quando com­pleta 75 anos de idade), no­meou hoje, 27 de maio, 5º bispo da di­o­cese de Santo An­dré Sua Ex­ce­lên­cia Re­ve­ren­dís­sima Dom Pe­dro Car­los Ci­pol­lini, transferindo-o da sede epis­co­pal de Am­paro (SP).

Dom Pe­dro Car­los nas­ceu aos 04 de maio de 1952 (63 anos) em Ca­conde, in­te­rior pau­lista. Foi or­de­nado pres­bí­tero em 25 de fe­ve­reiro de 1978. É dou­tor em Te­o­lo­gia Dog­má­tica pela Pon­ti­fí­cia Uni­ver­si­dade Gre­go­ri­ana de Roma. É do clero da Ar­qui­di­o­cese de Cam­pi­nas, onde atuou como pá­roco, pro­fes­sor e em di­ver­sos con­se­lhos e or­ga­nis­mos.

Foi eleito bispo de Am­paro pelo Papa Bento XVI em 14 de ju­lho de 2010, sendo or­de­nado em 12 de ou­tu­bro do mesmo ano, na Ca­te­dral Me­tro­po­li­tana da Ima­cu­lada Con­cei­ção, em Cam­pi­nas. Es­co­lheu como lema epis­co­pal “In no­mine Iesu” — (Em nome de Je­sus — Cf. Cl 3,17). As­su­miu o go­ver­nou pas­to­ral de sua pri­meira di­o­cese em 24 de ou­tu­bro de 2010. Foi eleito pre­si­dente da Co­mis­são Epis­co­pal Pas­to­ral para Dou­trina da Fé (2015 – 2019) da Con­fe­rên­cia Na­ci­o­nal dos Bis­pos do Bra­sil, du­rante a 53º As­sem­bléia Ge­ral da CNBB, em abril deste ano.

A Di­o­cese de Santo An­dré aco­lhe com ale­gria seu novo pas­tor e assegura-lhe, desde já, as suas pre­ces e es­tima. Ao mesmo tempo, rende ação de gra­cas a Deus pelo fe­cundo mi­nis­té­rio de Dom Nel­son Wes­trupp, SCJ, du­rante seus 11 anos de in­tenso ser­viço.

HISTÓRICO


Dom Pe­dro Car­los Ci­pol­lini

Nas­ceu aos 04 de maio de 1952, na ci­dade pau­lista de Ca­conde, fi­lho de João Ci­pol­lini e Al­zira Car­neiro Ci­pol­lini (já fa­le­ci­dos). Tem três ir­mãos, um dos quais é tam­bém bisp (de Marília-SP), e três ir­mãs. Na Ma­triz de Nossa Se­nhora da Con­cei­ção (hoje Ba­sí­lica) em Caconde-SP, foi ba­ti­zado em 25 de maio de 1952, cris­mado em 14 de no­vem­bro de 1954 e fez a pri­meira co­mu­nhão em 18 de ou­tu­bro de 1959. Cur­sou a es­cola pri­má­ria no Grupo Es­co­lar Dr. Cân­dido Lôbo, em Ca­conde, e o gi­ná­sio e co­le­gial no Gi­ná­sio Prof. Fer­nando Ma­ga­lhães, tam­bém em Ca­conde.

Em 1972 fez o no­vi­ci­ado nos pa­dres Pau­li­nos. Em 1973, in­gres­sou no Se­mi­ná­rio Cen­tral Ima­cu­lada Con­cei­ção, do Ipi­ranga (São Paulo-SP), pela Di­o­cese de Franca-SP. Cur­sou Fi­lo­so­fia na FAI (Fa­cul­da­des As­so­ci­a­das do Ipi­ranga, hoje UNIFAI), em São Paulo (1973 – 1975). Cur­sou tam­bém Pe­da­go­gia (1975 – 1976), ob­tendo a li­cen­ci­a­tura em Fi­lo­so­fia e Pe­da­go­gia. Fez o curso de Te­o­lo­gia, na Pon­ti­fí­cia Fa­cul­dade de Te­o­lo­gia Nossa Se­nhora da As­sun­ção, da Ar­qui­di­o­cese de São Paulo, ob­tendo o ba­cha­re­lado em Te­o­lo­gia (1973 – 1977).

Foi or­de­nado diá­cono na Ca­te­dral da Ima­cu­lada Con­cei­ção em Franca-SP, em 07 de se­tem­bro de 1977, e Pres­bí­tero na mesma ca­te­dral, no dia 25 de fe­ve­reiro de 1978, pelo Bispo Di­o­ce­sano de Franca, D. Dió­ge­nes Silva Matthes, hoje emé­rito.

No­me­ado pá­roco da Pa­ró­quia São Se­bas­tião, em Franca, to­mou posse em 16 de março de 1978. Aí de­sen­vol­veu seu apos­to­lado, re­or­ga­ni­zando a pa­ró­quia, dividindo-a em se­to­res pas­to­rais. Pro­mo­veu as pas­to­rais e o tra­ba­lho do Grupo Fra­terno Au­xí­lio Cris­tão, em prol dos me­nos fa­vo­re­ci­dos. Re­for­mou a igreja e a casa pa­ro­quial, pro­mo­vendo a cons­tru­ção da Igreja do Me­nino Je­sus de Praga, hoje Pa­ró­quia. Em 1980, pu­bli­cou pela Edi­tora Pau­li­nas, o li­vro “Um cris­tão para hoje”, que atin­giu vá­rias edi­ções, sendo tra­du­zido para o es­pa­nhol. En­tre ou­tros car­gos ocu­pa­dos na Di­o­cese de Franca, Pe. Pe­dro foi Co­or­de­na­dor Di­o­ce­sano de Pas­to­ral (1982 – 1983), pro­fes­sor e co­or­de­na­dor de es­tu­dos do Se­mi­ná­rio Pro­pe­dêu­tico (1983 – 1984).

Em 1984 – 1985, cur­sou pós-graduação em Te­o­lo­gia, na Fa­cul­dade Pon­ti­fí­cia Nossa Se­nhora da As­sun­ção, em São Paulo, ob­tendo o Mes­trado em Te­o­lo­gia, após de­fen­der tese em Te­o­lo­gia Dog­má­tica. No ano em que mo­rou em S. Paulo para es­cre­ver sua tese, foi vi­gá­rio pa­ro­quial da Pa­ró­quia Ima­cu­lada Con­cei­ção, do Ipi­ranga, junto à Fa­cul­dade As­sun­ção (1985). Fre­quen­tou o Curso de Ex­ten­são Uni­ver­si­tá­ria so­bre o novo Có­digo de Di­reito Canô­nico, no Ins­ti­tuto de Te­o­lo­gia Sa­le­si­ano Pio IX, em ju­lho de 1983.

Transferindo-se para Cam­pi­nas, pas­sou a le­ci­o­nar no Ins­ti­tuto de Te­o­lo­gia da PUC-Campinas. Foi no­me­ado pá­roco da Pa­ró­quia dos San­tos Após­to­los, na Vila Boa Vista, pe­ri­fe­ria de Cam­pi­nas, to­mando posse da pa­ró­quia em 28 de de­zem­bro de 1985. Foi de­fi­ni­ti­va­mente in­car­di­nado no clero de Cam­pi­nas, por de­creto do Sr. Ar­ce­bispo Dom Gil­berto Pe­reira Lo­pes, da­tado de 28 de ja­neiro de 1987.

Na Pa­ró­quia dos San­tos Após­to­los, atuou no sen­tido de in­cen­ti­var as pas­to­rais so­ci­ais e a par­ti­ci­pa­ção do povo na me­lho­ria da qua­li­dade de vida. De­sen­vol­veu a Pas­to­ral da Saúde para vi­sita aos do­en­tes. Re­a­li­zou cons­tru­ções de sa­las para ca­te­quese e ca­pe­las nos Par­ques Santa Bár­bara e Fa­zen­di­nha.

Du­rante os anos de 1987 a 1989, exer­ceu o cargo de Di­re­tor Es­pi­ri­tual do Se­mi­ná­rio Pro­pe­dêu­tico São José de Pe­dreira e Se­mi­ná­rio Ima­cu­lada de Fi­lo­so­fia da Ar­qui­di­o­cese. Foi Vi­gá­rio Epis­co­pal da Re­gião Epis­co­pal Norte, de 1988 a 1990; mem­bro do Con­se­lho Epis­co­pal e do Con­se­lho de Pas­to­ral da Ar­qui­di­o­cese.

Cur­sou o dou­to­rado em Te­o­lo­gia na Itá­lia, re­si­dindo em Roma, no Co­lé­gio Pio Bra­si­leiro (1990 – 1992). Es­tu­dou na Uni­ver­si­dade Gre­go­ri­ana, onde de­fen­deu tese de dou­to­rado em Ecle­si­o­lo­gia, con­se­guindo a lau­rea (magna cum laude).

Re­gres­sando a Cam­pi­nas em 1993, foi no­me­ado Ad­mi­nis­tra­dor Pa­ro­quial e, em se­guida, pá­roco da Pa­ró­quia Nossa Se­nhora de Fá­tima, no Bairro Ta­qua­ral. Foi Di­re­tor de Es­tu­dos do Se­mi­ná­rio Ima­cu­lada de Te­o­lo­gia da Ar­qui­di­o­cese de Cam­pi­nas (1993 – 1994). Re­to­mou suas au­las na PUC-Campinas, a par­tir de 1993, como Pro­fes­sor Ti­tu­lar, le­ci­o­nando His­tó­ria da Igreja An­tiga, Ecle­si­o­lo­gia, Ma­ri­o­lo­gia e Epis­te­mo­lo­gia Te­o­ló­gica, Es­tá­gio Pas­to­ral. Em 1996, fez parte da Co­mis­são Cen­tral do “Pro­jeto de Evan­ge­li­za­ção Rumo ao Novo Mi­lê­nio”. Foi Co­or­de­na­dor do De­par­ta­mento de Te­o­lo­gia Sis­te­má­tica no ITCR PUC-Campinas, de 1997 a 1998. Em 1997, fez o Curso de Ex­ten­são Uni­ver­si­tá­ria so­bre “For­ma­ção Es­pi­ri­tual nos Se­mi­ná­rios Mai­o­res”, em Viamão-RS, pro­mo­vido pela CNBB e PUCRS.

Na Pa­ró­quia Nossa Se­nhora de Fá­tima, pro­mo­veu a re­or­ga­ni­za­ção e mo­der­ni­za­ção da pa­ró­quia, direcionando-a para ser um cen­tro de pas­to­ral e evan­ge­li­za­ção. Ins­ti­tuiu o Con­se­lho de As­sun­tos Econô­mi­cos (CAE) e o Con­se­lho de Pas­to­ral Pa­ro­quial (CPP). Or­ga­ni­zou vá­rios cur­sos de for­ma­ção e atu­a­li­za­ção para ca­sais, jo­vens e cri­an­ças. Aju­dou na cons­ci­en­ti­za­ção da po­pu­la­ção, a fim de rei­vin­di­car e con­se­guir a me­lho­ria das con­di­ções de saúde da po­pu­la­ção do Ta­qua­ral, atra­vés da cons­tru­ção, pelo mu­ni­cí­pio, de um Novo Cen­tro de Saúde, atu­al­mente em fun­ci­o­na­mento.

Es­cri­tor e ar­ti­cu­lista, pu­bli­cou seus ar­ti­gos no jor­nal Cor­reio Po­pu­lar. Man­teve uma co­luna quin­ze­nal no jor­nal do Bairro Ta­qua­ral (Fo­lha do Ta­qua­ral), en­quanto ali tra­ba­lhou. Ali­ando ao mi­nis­té­rio da pre­ga­ção da Pa­la­vra de Deus no púl­pito, o mi­nis­té­rio da pre­ga­ção pela im­prensa e meios de co­mu­ni­ca­ção, são inú­me­ras as en­tre­vis­tas, prin­ci­pal­mente pela TV, que tor­na­ram o Pe. Pe­dro Car­los Ci­pol­lini co­nhe­cido na ci­dade de Cam­pi­nas, além de cur­sos, re­ti­ros, pa­les­tras e pre­ga­ções em di­ver­sas Igre­jas e co­mu­ni­da­des.

Em 03 de março de 1997, Pe. Pe­dro Car­los Ci­pol­lini foi es­co­lhido para ser Vi­gá­rio Fo­râ­neo da Fo­ra­nia Co­ra­ção de Ma­ria, uma das cinco Fo­ra­nias (ou re­giões pas­to­rais) em que es­tava na época di­vi­dida a ci­dade de Cam­pi­nas, cargo que exer­ceu até o fim do man­dato em 1999. Foi Di­re­tor Es­pi­ri­tual do Se­mi­ná­rio Ima­cu­lada de Fi­lo­so­fia, da Ar­qui­di­o­cese de Cam­pi­nas (1997 – 2000) e mem­bro do Con­se­lho de Pres­bí­te­ros.

Em 1998, foi no­me­ado Co­or­de­na­dor Res­pon­sá­vel da vi­sita das Re­lí­quias de Santa Te­re­si­nha a Cam­pi­nas, acon­te­ci­mento que reu­niu mi­lha­res de pes­soas para mo­men­tos ines­que­cí­veis de ve­ne­ra­ção, ora­ção e emo­ção.

No dia 08 de março de 1998, com a bên­ção do Ar­ce­bispo de Cam­pi­nas, Pe. Pe­dro inau­gu­rou a Ca­pela de São Se­bas­tião, que tam­bém faz parte da Pa­ró­quia Nossa Se­nhora de Fá­tima. A am­pli­a­ção e re­forma desta ca­pela era uma as­pi­ra­ção an­tiga da po­pu­la­ção do bairro, há bem vinte anos.

Re­ce­beu o tí­tulo de “Ci­da­dão Ho­no­rá­rio de Cam­pi­nas”, em 06 de março de 2000, apro­vado por una­ni­mi­dade pela Câ­mara Mu­ni­ci­pal.

Em ju­lho de 2000, pu­bli­cou pela Edi­tora Alí­nea, um li­vro so­bre pas­to­ral ur­bana, “Ci­dade trans­fi­gu­rada: o fu­turo do mundo ur­bano passa pela so­li­da­ri­e­dade”. Em 09 de se­tem­bro de 2000, na Ba­sí­lica Nossa Se­nhora do Carmo, Pe. Pe­dro to­mou posse como o novo pá­roco da Pa­ró­quia Nossa Se­nhora do Carmo (Ba­sí­lica do Carmo), no cen­tro de Cam­pi­nas.
Foi Vi­gá­rio Fo­râ­neo da Fo­ra­nia San­tos Após­to­los, para o bi­ê­nio de 2001 – 2002. Exer­ceu a fun­ção de Di­re­tor Es­pi­ri­tual da Or­dem Ter­ceira Se­cu­lar de Nossa Se­nhora do Monte Car­melo, anexa à Ba­sí­lica, en­quanto lá es­teve.

Em 06 de março de 2001, foi no­me­ado Cô­nego Ca­te­drá­tico do Ca­bido Me­tro­po­li­tano de Cam­pi­nas. Em 05 de de­zem­bro de 2002, foi no­me­ado Vi­gá­rio Epis­co­pal da en­tão Re­gião Epis­co­pal Cam­pi­nas, cargo que ocu­pou até a che­gada do novo Ar­ce­bispo, Dom Bruno Gam­be­rini. Foi no­me­ado Co­or­de­na­dor de Pas­to­ral da en­tão Re­gião Cam­pi­nas, per­ma­ne­cendo no cargo até de­zem­bro de 2008.

Em março de 2003 foi no­me­ado As­ses­sor Ecle­siás­tico da Co­mis­são Ar­qui­di­o­ce­sana da Pas­to­ral Fa­mi­liar. De 2002 a 2008, foi mem­bro do Con­se­lho Ar­qui­di­o­ce­sano de Pas­to­ral (CAP) e do Con­se­lho de Pres­bí­te­ros. De de 2004 a 2008, foi mem­bro da Co­or­de­na­do­ria de Pas­to­ral. Re­ce­beu da Câ­mara Mu­ni­ci­pal de Cam­pi­nas, a me­da­lha Arau­tos da Paz, em 26 de no­vem­bro de 2004.

De 2008 a 2010, foi As­ses­sor da Co­mis­são Ar­qui­di­o­ce­sana em De­fesa da Vida. Foi no­me­ado pelo pre­si­dente da CNBB, Card. Ge­raldo Ma­gela Ag­nello, mem­bro da co­mis­são te­o­ló­gica de pe­ri­tos da Co­mis­são de Dou­trina da Fé para o man­dato de 2003 – 2006 e con­fir­mado para o pe­ríodo de 2007 – 2009.

Em 27 de fe­ve­reiro de 2009 foi no­me­ado Ca­pe­lão da Ir­man­dade e da Santa Casa de Mi­se­ri­cór­dia de Cam­pi­nas. Em 16 de março de 2010 foi no­me­ado Ar­ce­di­ago (Pre­si­dente) do Ca­bido Me­tro­po­li­tano de Cam­pi­nas.

Eleito bispo di­o­ce­sano de Am­paro pelo Papa Bento XVI, em 14 de ju­lho de 2010. Or­de­nado bispo na ca­te­dral de Cam­pi­nas no dia 12 de ou­tu­bro de 2010 e em­pos­sado dia 24 de ou­tu­bro de 2010 na Di­o­cese de Am­paro. Re­ce­beu o tí­tulo de ci­da­dão am­pa­rense em 21 de De­zem­bro de 2010.

No dia 30 de Ju­lho tornou-se pro­fes­sor emé­rito da Uni­ver­si­dade Ca­tó­lica de Cam­pi­nas onde le­ci­o­nou por 25 anos na Fa­cul­dade de Te­o­lo­gia. Foi no­me­ado mem­bro da Co­mis­são Pas­to­ral Epis­co­pal para a Dou­trina da Fé, da CNBB, para o man­dato de 2011 – 2014. No­me­ado mem­bro da Aca­de­mia Am­pa­rense de Le­tras, em­pos­sado em 11 de No­vem­bro de 2011. Mem­bro da Co­mis­são de Re­da­ção do Tema Cen­tral da 51a. As­sem­bléia Ge­ral da CNBB. Man­tém um pro­grama diá­rio na TV Sé­culo XXI, “Pa­la­vra Di­vina”, co­men­tando as lei­tu­ras da li­tur­gia diá­ria, desde 2011. Re­ce­beu tam­bém o tí­tulo de Ci­da­dão Ho­no­rá­rio de Am­paro, Ja­gua­riúna, Mogi Mi­rim e Ita­pira. Edi­tou o li­vro “Per­ma­ne­cei no meu Amor: para uma es­pi­ri­tu­a­li­dade pres­bi­te­ral do ser­viço” e uma Carta Pas­to­ral di­ri­gida à to­dos os di­o­ce­sa­nos.

No seu mi­nis­té­rio epis­co­pal em Am­paro, criou 7 pa­ró­quias, or­de­nou 13 pa­dres e pro­mul­gou o 1° Plano de Pas­to­ral Di­o­ce­sano.

Na As­sem­bleia Ge­ral da CNBB de 2015, foi eleito pre­si­dente da Co­mis­são Pas­to­ral Epis­co­pal para a Dou­trina da Fé, para os anos de 2015 – 2018.

No dia 27 de maio de 2015 foi eleito Bispo de Santo An­dré – SP pelo Papa Fran­cisco em subs­ti­tui­ção a D. Nel­son Wes­trupp, SCJ, que teve sua re­nún­cia aceita por li­mite de idade.

BRASÃO EPISCOPAL

Es­cudo en­ci­mado por uma pila em ouro so­bre campo de es­malte ver­me­lho Sim­bo­lo­gia: a pila com seu for­mato tri­an­gu­lar sim­bo­liza a Trin­dade que ir­rompe no mundo re­di­mido pelo san­gue de Cristo (campo ver­me­lho) com seu po­der cri­a­dor. A re­ve­la­ção do mis­té­rio da Trin­dade, que con­vida a Hu­ma­ni­dade á co­mu­nhão, é fun­da­mento, cume e meta da mis­são de Je­sus Cristo e seus se­gui­do­res: “Quando Je­sus reza ao Pai para que to­dos se­jam um, como nós so­mos um, abre pers­pec­ti­vas ina­ces­sí­veis à ra­zão hu­mana, su­gere al­guma se­me­lhança en­tre a união das pes­soas di­vi­nas e a união dos fi­lhos de Deus na ver­dade e na ca­ri­dade” (Va­ti­cano II, GS 24).

So­bre a pila dou­rada um co­ra­ção de es­malte ver­me­lho en­ci­mado por uma chama ver­me­lha Sim­bo­lo­gia: A cor dou­rada da pila sim­bo­liza Deus Pai Cri­a­dor de to­das as coi­sas. O co­ra­ção sim­bo­liza Je­sus Cristo, o qual ma­ni­festa o se­gredo mais ín­timo de Deus Pai: sua mi­se­ri­cór­dia: “Sede mi­se­ri­cor­di­o­sos como vosso Pai é mi­se­ri­cor­di­oso” (Lc 6,36). A chama que en­cima o co­ra­ção re­pre­senta o Es­pí­rito Santo que ilu­mina e di­rige, fa­zendo ger­mi­nar as se­men­tes do Reino na His­tó­ria. O bispo é vi­gi­lante como o Pai, pas­tor como o Fi­lho e Pro­feta na força do Es­pí­rito, go­ver­nando na fir­meza e man­si­dão.

No campo de es­malte ver­me­lho, duas cha­ves (em ouro e prata) cru­za­das ou de­cu­sa­das em as­pas, sob elas um cres­cente de prata. Sim­bo­lo­gia: As cha­ves re­pre­sen­tam a Igreja, Corpo de Cristo e Povo de Deus reu­nido em nome da Trin­dade (LG 4): “Na ver­dade quem re­ce­beu as cha­ves não foi um único ho­mem, mas a Igreja Uma”(Sto. Agos­ti­nho, Sermo 295, PL 38 p. 1348ss). Na am­pli­dão do mundo re­di­mido está a Igreja, uma santa ca­tó­lica e apos­tó­lica (Va­ti­cano II,LG 8) mis­si­o­ná­ria por na­tu­reza (Va­ti­cano II,AG 2), “co­luna e sus­ten­tá­culo da ver­dade” (1Tm 3, 15). As cha­ves ho­me­na­geiam S. Pe­dro, que­rem sig­ni­fi­car a fi­de­li­dade ao pri­mado ro­mano, prin­cí­pio vi­sí­vel de co­mu­nhão na ca­ri­dade (Va­ti­cano II, CD 2). Ho­me­na­geia tam­bém a Puc­camp e a Ba­sí­lica do Carmo que tem as cha­ves em sua sim­bo­lo­gia e onde o novo bispo tra­ba­lhou por lon­gos anos como pro­fes­sor e pároco.O novo bispo de­seja sen­tir com a Igreja e amá-la como “ Cristo a amou e se en­tre­gou por ela” (Ef 5,25). A lua cres­cente ti­rada do Bra­são da terra na­tal, sim­bo­liza a Ima­cu­lada Con­cei­ção e re­pre­senta Ma­ria, Mãe de Je­sus, dis­cí­pula fiel, a pri­meira na Igreja onde seu exem­plo e in­ter­ces­são. A Ima­cu­lada é orago da igreja onde foi ba­ti­zado o novo bispo, do se­mi­ná­rio onde es­tu­dou, da ca­te­dral onde se or­de­nou sa­cer­dote e bispo e das duas di­o­ce­ses a que per­ten­ceu.

LEMA
IN NOMINE IESU (Cl 3.17) es­crito em blau so­bre lis­tel pra­te­ado Quer ori­en­tar a vi­vên­cia do mi­nis­té­rio epis­co­pal do novo bispo. O ver­da­deiro dis­cí­pulo age em nome de Je­sus e o Bispo foi in­ves­tido para agir di­ante da Igreja toda “in per­sona Ch­risti (Va­ti­cano II LG 21 )”A mis­são do bispo, su­ces­sor dos após­to­los é o ser­viço exer­cido em nome de Je­sus. Re­ce­be­mos o ofí­cio de em­bai­xa­do­res e vi­e­mos da parte de Deus. Esta é a dig­ni­dade do ofí­cio de Bispo (S. João Cri­sós­tomo, in Com. Ad Col. 3, 5). Por­tanto o bispo não age em nome pró­prio, não se per­tence, mas aos que serve por amos e em nome de Je­sus. As­sim sendo, é mo­vido por mi­se­ri­cór­dia como Je­sus Cristo: mi­se­ri­cór­dia mo­tus (Lc 7,13). A cruz dou­rada, o cha­péu pre­la­tí­cio ou ca­pelo e os pen­den­tes ver­des so­bre o es­cudo, re­pre­sen­tam a dig­ni­dade do mi­nis­té­rio (ser­viço) epis­co­pal.

Texto: As­ses­so­ria de Im­prensa Di­o­cese de Santo An­dré