Mais um Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Temos evoluído no amor e na esperança cristã desde o último ano? Ou temos avançado nos caminhos do abandono de Deus e da verdade?
Essas perguntas cabem à nós em particular e ao mundo à nossa volta; se minha voz pudesse chegar a todos os lugares eu repetiria essas mesmas questões a todos, porque sinto em mim o dever cristão de questionar onde está o lugar do Menino Deus e de Suas Leis na vida humana.
Um mundo que insiste em andar na oposição da ordem e da tranquilidade que só acontecem em uma sociedade fundamentada e sustentada pela fé, e não por uma fé no homem e em suas boas aspirações, mas pela fé em Deus, a fé bíblica e cristã que aperfeiçoa e por isso se sobrepõe e suplanta a fé natural e também as expressões de fé religiosa das mais diversas culturas e religiões.
Nosso Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para comprá-lo com Seu sangue redentor, primeiramente das mãos do maligno inimigo que havia sugerido ao homem o nefasto caminho da desobediência ao Criador, Jesus pagou o preço e arrancou das mãos do inimigo os que haviam sido sequestrados pelas trevas do pecado ainda que com consentimento próprio; também Nosso Senhor veio para estabelecer a relação justa com Deus, por isso o caminho que Ele abriu é superior a todos os demais e lhes fechou o acesso pois não há sentido algum em se insistir em uma estrada arruinada de tentativa religiosa humana uma vez quehá este “novo caminho” que é o próprio Filho de Deus; não tem sentido algum que alguém ainda queira trilhar numa picada no mato em lombo animal quando a estrada ampla, segura e pavimentada se impôs ao tráfego por meio de veículos modernos, rápidos e eficazes. Alguém em outro momento pôde à duras penas ter alcançado alguma coisa em caminhos rústicos, mas isso se desfaz diante da estrada cristã que é na verdade a única via que de fato leva a Deus. Nosso Senhor veio também para instaurar uma nova forma de viver neste mundo, uma nova organização da sociedade humana, liberta do cativeiro do pecado e iluminada pela presença soberana da Igreja Católica, é preciso entender que a organização da vida pessoal, familiar, comunitária e social nas cidades e nações somente será de paz e justiça quando se regrem pelos princípios cristãos, não pela simples supremacia de uma religião sobre outras como pensam e ao que se opõe os inimigos da fé que em nome de uma cultura humanista querem diminuir o fato cristão, mas porque Jesus Cristo é o Senhor Soberano de todos os povos em todos os tempos e inevitavelmente todos deverão se dobrar perante Sua magnitude quer nesta vida quer na outra.
Nós que temos fé e somos cristãos temos o dever de nos posicionar como anunciadores da conversão, chamando a todos a que se rendam a Jesus e aceitem o santo batismo, temos também o dever de sonhar e trabalhar por uma sociedade cristã verdadeira sem ilusões com as ideologias que se dizem defensoras da liberdade, dos pobres e dos jovens, mas não se submetem à Lei Divina.
A ordem e a paz dependem de Nosso Senhor Jesus Cristo, passou da hora de entendermos que não podemos mais, como Igreja, nos abaixar ao nível fétido deste mundo sem a nobreza da supremacia da revelação em Jesus. Hoje nos sentimos como cristãos pobres em seus valores e moral em nome de uma “misericórdia” sem critérios, que se demonstra materialista e imediatista, às vezes até populista, oferecendo nossa presença de forma solitária porque não levamos conosco a riqueza do Evangelho, mas apenas solidariedade humana cheia de boas intenções. O cristianismo é muito mais que isto e por esta razão chamo a cada um que recebe esta mensagem a pensar em que lugar pretendemos colocar Nosso Senhor neste mundo, pois lá estará o ser humano; se dermos o lugar de honra e nobreza ao Divino Rei, os homens quais súditos serão elevados em dignidade no reino da cristandade, se ao contrário, continuarmos relegando o Senhor Jesus à baixeza da norma comum a todas as religiões, se continuarmos colocando a Igreja Católica no patamar de qualquer expressão de “fé”, se continuarmos acreditando infantilmente que a boa harmonia de intenções trarão paz e segurança e que nosso papel cristão é não atrapalhar ainda que a família esteja sendo dilacerada, que a sexualidade humana esteja sendo completamente desvirtuada pelo prazer dos sentidos, que as crianças estejam sendo enforcadas nos ventres de suas mães e que os valores e moral de Cristo estejam sendo barganhados no mercado das diplomacias, então o dulcíssimo Menino da manjedoura aparecerá qual terrível Juiz e julgará Seu povo à hora inesperada e, em meio à perseguição final à sagrada Igreja Romana, o rebanho entre muitas turbulências, verá destruído o que custou aos séculos a edificação.
Mais um Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo e nisso mais uma chance de honrá-Lo, façamo-lo em nossos corações e em nossos lares, ao menos em torno de Seu presépio, e na esperança da fé aguardemos que a vitória de Seu infante e sagrado coração unido ao imaculado coração de Sua Santíssima Mãe triunfem em um reino de justiça e amor.
Um Santo e Feliz Natal
Sandro F. Peres