Os Deveres dos esposos caminho para as bençãos

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Escritura | 1 Pd 3,1-9

Diante do pedido de submissão da esposa (v.1) – tão mal compreendido em nosso tempo e gerador de revoltas em tantas mulheres – alguns podem questionar: “Mas como pode submeter-se se ele não serve a Deus?!”

Bem, a sequência do versículo explica: “…Para que, ainda quando alguns não creiam na Palavra, sejam conquistados sem palavras, pelo comportamento de suas mulheres, ao observarem o vosso comportamento casto e respeitoso” (v. 1-2);

A esposa é a grande evangelizadora do marido. Seja para trazê-lo para Deus (salvação), seja para fazê-lo crescer na amizade com Deus (santificação), ela dispõe de uma graça única para CONQUISTÁ-LO;

Com certeza é importante que a esposa seja uma boa dona de casa, zelosa, que cuide de sua aparência, higiene, saúde etc. Mas a principal arma de conquista, como diz São Pedro, não está nos adornos (cabelos trançados, joias, roupas, perfumes (v. 3), mas no “ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus” (v. 4);

O respeito e a castidade, junto de um espírito pacífico e suave são as grandes armas que a mulher dispõe para conquistar e salvar seu marido;

Já ao marido, a Palavra pede um comportamento sábio no convívio. A Bíblia de Jerusalém diz: “Sede compreensivos em vossa vida conjugal, tributando às vossas esposas a honra devida a companheiras de constituição mais delicada, co-herdeiras da graça da Vida…” (v.7);

O homem deve ter consciência desta delicadeza e maior sensibilidade da esposa. Atentar a detalhes do cotidiano, perguntar-lhe como está, recordar datas importantes, oferecer ajuda nos cuidados da casa, dos filhos, respeitar os altos e baixos do humor e o seu comportamento mais emocional, tudo isto pode ajudar o marido na conquista diária de sua mulher;

Sim, também o esposo precisa ganhar a cada dia a mesma mulher, porque casamento não é coisa estática, parada, mas exige o envolvimento contínuo, gestos de amor, palavras de afirmação, de afeto, de perdão etc. São Pedro diz:

“Tratai-as com todo respeito PARA QUE NADA SE OPONHA ÀS VOSSAS ORAÇÕES” (v. 7c);

O marido é o sacerdote do lar, mas para que seu ministério e prece sejam eficazes, deve estar em sintonia com a esposa. Sem comunhão não há unção, sem a sintonia dos dois as próprias orações perdem seu valor! (E aí as coisas andam para trás!) Isto é muito sério… Para ligar no céu, o casal deve estar bem ligado aqui na terra;

Portanto, cada família precisa fazer um checkup para ver como anda sua saúde afetiva e espiritual. A mulher avaliar seu comportamento (está sendo casta, serena, pacífica?). O homem igualmente (está honrando a mulher, tratando-a como semelhante, valorizando-a como merece?);

Seja como for, a Palavra oferece ao casal oportunidade clara de mudança, dizendo: “Não pagueis mal com mal, injúria com injúria. Ao contrário, abençoai, pois para isto fostes chamados, para que sejais herdeiros da bênção” (v. 9).

Por Cesar Machado Lima
Comunidade Fanuel