Ontem ou anteontem, me lembrei que havia escrito um texto há uns anos atrás após meu primeiro dia das mães.
Eu estava contando para minha primogênita como tinha sido, que na verdade o primeiro domingo das mães foi em 2011, quando ela era muito menos que um milímetro dentro de mim, e eu nem sabia que ela já estava ali (mas estava!).
Decidi procurar o tal texto, li e me emocionei… Nossa, como é boa a experiência de gerar. Passaram-se quase 4 anos desde o primeiro texto, nesse ínterim recebi outra benção, a de ser mãe pela segunda vez. De uma menina também.
Nesses dias também acabei recebendo notícias e compartilhando com amigas próximas a chegada de seus segundos, terceiros e quartos filhos, recebi a notícia de novas gestações, ouvi amigas me pedindo para orar por elas para que consigam engravidar novamente. Senti com isso, o desejo de partilhar um pouco dos medos e das inseguranças que nascem no coração de uma mãe a partir da notícia até a chegada de um segundo bebê. Sou metida à experiente, mas tenho apenas duas filhas. E só tenho, como disse, 5 anos de experiência de mãe no currículo (5 porque se é mãe desde o bebê no ventre).
1. Quando a Gabriela chegou, a segundinha, achei a Mariana enorme, e ela só tinha 3 anos. Tive que aprender que a primeira filha sempre precisará de mim, mesmo que ela pareça crescidinha… Assim, tenho me esforçado para ter meus momentos pessoais com cada uma, e nos primeiros dias pós-parto, ou ainda na gestação com aquele barrigão, tive de encontrar meios de dar colo, dar atenção e comidinha na boca, mesmo sabendo que ela – a mais velha – já comia sozinha há um tempo.
2. O segundo bebê será amado tanto quanto o primeiro. É um medo tão grande que nasce dentro de uma mãe, que parece que não terá fim. Mas tem. Tem ao olhar para o segundo bebê e repetir o quanto ele foi desejado e é amado, ainda que não conforme você e seu cônjuge planejaram. Deus o quis e Ele mesmo multiplica o amor que há no coração… De que maneira, não sei, mas multiplica.
3. Aquele ditado “onde come um, come dois”, é verdade para todo aquele que se abre à generosidade de gerar novamente. Se espreme aqui, corta-se acolá, e dá. Dá para todos comerem e vestirem-se. Deus não deixa faltar-nos o necessário. O necessário. E quando fazemos a experiência da fé, até o supérfluo vem. Até a festinha de aniversário cheia de mimos acontece, até a bonequinha cara que a mais velha pediu a gente consegue satisfazer, uma vez por ano, mas consegue. Como? Vivendo na fé, crendo que Deus que permitiu a chegada dessa nova vida é o mesmo que a sustentará.
Oro por aquelas que não podem ser mães, mas oro também por aquelas que podem, mas não querem ser mães… Que o Espírito do Senhor retire todo medo que te infertiliza, e abençoe sua vida com generosidade.
Por ora é isso. Minha experiência é pequena ainda. Daqui uns quatro anos escrevo novamente, quem sabe compartilhando a experiência de ter mais filhos. (Não tem “Rsrs” no fim da frase, porque é verdade).
Desejo que você não tenha medo de abrir-se aos filhos, não tenha medo de ser generoso, generosa, pois “os filhos são presentes do Senhor, eles são uma verdadeira benção” (Salmo 127,3). Repare que o texto bíblico está no plural…
Deus abençoe sua vida e sua família.
Caroline de Oliveira Machado
Com. Fanuel – Presença Campo Grande