Santa Terezinha do Menino Jesus

Celebramos, no dia 1º de outubro, a memória litúrgica de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões, a Santa das rosas e que nos ensina a enfrentar as dificuldades com amor e paciência. Ela é padroeira das missões, pois do Carmelo de Lisieux, onde residia, rezava por toda a Igreja. Ela nos deixou um grande exemplo de oração e de que por meio da perseverança conseguiremos grandes coisas.

Nos dias de hoje, têm os carmelos espalhados pelo Brasil e pelo mundo que vivem o mesmo carisma de Santa Terezinha. As monjas, por uma opção de vida, vivem enclausuradas no Carmelo, rezando e trabalhando em prol da Igreja. Peçamos a Deus que muitas vocações possam surgir e jovens desejem abraçar a vida monástica.

Confiemos a Santa Terezinha a missão da Igreja e que nesse mês dedicado às missões, muitos batizados possam retornar ao primeiro amor e novos batizados possam encontrar o primeiro e único amor. Sejamos missionários e portadores da boa nova da salvação. Levemos a Palavra de Deus para aqueles que mais precisam. O mundo está sedento do anúncio da Palavra, e muitas pessoas precisam se encontrar com Deus e nós podemos ser esses portadores. Peçamos a Santa Terezinha que interceda por nós.

Santa Terezinha nasceu em Alençon, França, no dia 2 de janeiro de 1873, e morreu no dia 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. Mas ela viveu tão intensamente esses 24 anos que parece que viveu muito mais. A forma intensa que ela viveu foi uma intensa vida de oração.

Santa Teresinha nasceu em uma família com ótimas condições financeiras e temente a Deus. Seus pais, Luis e Zélia, que agora são santos, recentemente canonizados pela Igreja, tiveram oito filhos, antes da caçula Teresinha. Quatro de seus irmãos morreram com pouca idade, restaram quatro irmãs de Teresa que também se tornaram freiras (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Terezinha também sentiu um forte desejo de abraçar a vida religiosa e com apenas 15 anos obteve a autorização do Papa Leão XIII para entrar no mosteiro das carmelitas, em Lisieux.

Santa Teresinha não nasceu santa, mas foi aos poucos trilhando um caminho de santidade. Teresinha teve uma vida dura e sofreu alguns baques. Além de perder os seus irmãos, como já relatamos, perdeu sua mãe quando tinha apenas quatros anos e oito meses de idade, vítima de câncer. Viu suas irmãs irem para o convento e seu pai sofrer com problemas psiquiátricos. Por fim, a tuberculose e outros problemas de saúde que a santa foi acometida nos últimos dias de vida. Para todos esses acontecimentos, Santa Terezinha precisou de muita resiliência e de confiar na misericórdia divina. Com muita simplicidade, entendeu os desígnios de Deus e se entregou a ele totalmente, não se revoltou em nenhum momento.

Depois da morte de sua mãe, Terezinha ficava por diversos momentos bem triste e chorava muito. Aos dez anos, ela fez uma experiência forte com Nossa Senhora e mudou completamente a sua vida. Ela viu a imagem de Nossa Senhora como nunca havia visto antes, uma alegria tomou conta de seu ser e todas as suas penas foram entregues a Mãe de Deus. Após essa visão, Santa Terezinha diz: “a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu” (História de uma alma).

Terezinha teve uma importante experiência com o Menino Jesus, no Natal de 1883, quando tinha apenas 13 anos de idade. Ela viu Jesus como o doador de uma total conversão. Depois disso, a sua vida foi transformada e ela começou a dar grandes passos na vida espiritual. Esse fato foi tão importante na vida da santa, que ela adotou o nome de Terezinha do Menino Jesus.

O seu lema de vida a partir do momento que entrou no Carmelo foi rezar pela conversão dos pecadores e por todos os sacerdotes. Porém, trazia em seu coração o grande desejo de ser missionária e anunciar aos quatro cantos do mundo a boa nova do Evangelho. Até que entendeu que deveria rezar do carmelo pela missão de toda a Igreja, devido à impossibilidade de sair em missão. Logo após a sua morte, o Papa Pio XI a declarou padroeira das missões.

As carmelitas de hoje seguem o mesmo carisma de Santa Terezinha do Menino Jesus e, do Mosteiro, rezam pela conversão dos pecadores e por toda a Igreja. Elas rezam e trabalham pela salvação das almas. Elas são madrinhas de oração dos sacerdotes, religiosos e seminaristas, intercedem junto à Deus por todas as vocações.

Por meio do amor, Terezinha confiava plenamente em Deus, desenvolveu a infância espiritual ou pequena via. Ela aprendeu muito com seu pai, que dizia que Deus é bondoso, compassivo e misericordioso. Santa Terezinha era humilde e acreditava que tínhamos que ser como crianças diante de Deus. Do mesmo modo deveria ser a nossa convivência com o próximo, aceitá-lo como ele é, amar sem reservas.

Santa Terezinha falece aos 24 anos de idade e diz em suas últimas palavras: “Oh Amo-O. Deus meu… amo-Vos!”. Após a morte de Terezinha, foram publicados os inúmeros escritos deixados por ela, que se tornaram conhecidos mundialmente. Dessa forma, cumpriu-se o seu desejo de que se espalhe pelo mundo chuva de rosas, de milagres e graças por todo o mundo. Sua beatificação aconteceu em 1923, sendo canonizada pelo Papa Pio XI em 1925, que a chamava de “uma palavra de Deus”. O Papa João Paulo II a proclamou doutora da Igreja, no dia 19 de outubro de 1997.

Celebremos com alegria a festa litúrgica de Santa Terezinha do Menino Jesus e sigamos o seu exemplo de nos confiarmos à misericórdia de Deus, rezemos pela Igreja e por sua missão de levar a paz e o amor ao mundo inteiro, em especial, aprofundando nossa Missão.

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