Olhar com gratidão para a história

“O SENHOR Deus diz: Escutem, os que procuram a salvação, os que pedem a minha ajuda! Lembrem da rocha da qual foram cortados, da pedreira de onde foram tirados. Pensem no seu antepassado Abraão e em Sara, de quem vocês são descendentes. Abraão não tinha filhos quando eu o chamei, mas eu o abençoei e lhe dei muitos descendentes” (Is 51,1-2).

É preciso fazer memória do passado, saber de onde viemos e assim saberemos aonde queremos chegar. Se evitarmos as voltas desnecessárias, chegaremos logo.

Lembremos que quando Deus tirou o povo do Egito conduzido por Moisés, rumo à terra prometida, eles caminharam quarenta anos no deserto porque endureceram o seu coração e não ouviam mais a voz de Deus que falava a eles por meio de Moisés. Viviam reclamando do que haviam deixado para trás e não liam a história de salvação que estavam vivendo.

Ao invés de olhar para o passado e murmurar, é preciso olhar com gratidão e ver os grandes feito que Deus realizou sabendo que Ele ainda realizará coisas maiores, “O que os olhos ainda não viram, ouvidos não ouviram e mente alguma jamais pôde imaginar é o que Deus tem preparado para nós” (1 Cor 2,9).

O encontro de Moisés com Deus é fundamental para a realização do plano de libertação que Deus teve para o seu povo. Assim também podemos ler na nossa história, como somos um povo que Deus chamou do lugar onde estávamos para nos organizarmos como comunidade, e caminharmos rumo a Terra prometida.

Deus quis chamar Moisés para conduzir o seu povo; assim também quis o Senhor nos dar um líder que caminhasse a nossa frente, líder esse que tendo o seu encontro pessoal com o Senhor respondeu com prontidão ao apelo de Deus. Nessa figura temos o nosso Fundador, Sandro Fatobene Peres, que recebe de Deus uma missão de conduzir o seu povo, e mediante a Graça dada, também gerar novos filhos e filhas para Deus. Essa graça é fecunda porque o carisma de fundação é um dom de geração e, portanto, torna o Fundador em um “Pai Espiritual”.

Nesse carisma só podem nascer aqueles que Deus chamar pelo nome Fanuel e nele identificar-se plenamente. É para esse dom da Paternidade e Maternidade Espiritual que vamos olhar.

Foi exatamente a Moisés que Deus deu a Tábua da Lei, e é o quarto mandamento que nos fala da Honra ao pai e à mãe.
“Refere-se, em primeiro lugar, aos pais biológicos, mas também às pessoas a quem devemos a nossa vida, a nossa prosperidade, a nossa segurança e a nossa fé. Ele nos manda honrar e respeitar os nossos pais e aqueles que Deus, para o nosso bem, revestiu com a Sua autoridade.”

Honrar o pai é honrar a Deus

“A grande e honrosa tarefa que Deus reservou para os pais é a de gerar e educar os seus filhos. Os pais são cooperadores de Deus na maior de todas as missões, gerar os filhos de Deus, à sua imagem e semelhança. Nada pode se igualar à sublimidade desta obra. Se é importante e digno produzir os bens que utilizamos: casas, roupas, móveis, alimentos, etc, quanto mais digno e nobre é dar a vida a novos seres humanos? Uma só vida humana vale mais do que todo o universo material, pois nada disso tem uma alma imortal, imagem e semelhança do próprio Deus.”

“O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a paternidade divina é a fonte da paternidade humana”(§ 2214), e que aí está o fundamento da honra devida aos pais. Os filhos devem aos genitores o dom da vida.

Por ser muito grande a missão dos pais, Deus os cobre de glória, e obriga os filhos a honrá-los. É impressionante notar como Deus exalta a figura deles, em virtude da missão importantíssima de gerar e educar os filhos.”
“O destaque aos pais começa pelo fato de um dos Mandamentos, o quarto, ser dedicado a eles: Honrar pai e mãe. São Paulo nota que este é o primeiro mandamento que vem acompanhado de uma promessa: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas vida longa sobre a terra” (Dt 5,16; Ex 20,12; Ef 6,2). Honrar quer dizer encher de honra; reconhecer a sua dignidade” (Formação Canção Nova).

Queridos irmãos e irmãs, tudo isso devemos aplicar aos nossos Pais na fé, aqui falo do Carisma do Fundador, especificamente do Sandro e a Rose. Deus nos chamou a ser família, com um nome distinto, Fanuel. Olhar com gratidão para o passado é ver a misericórdia de Deus que os alcançou, lançou sobre eles um olhar favorável, tendo em vista as nossas vidas. Se hoje somos o que somos, é porque Deus nos viu neles, nos chamou neles. Foi em vista da experiência que tiveram com o Senhor que Deus os tornou fecundos para gerarem filhos e filhas “na Graça”, ou ainda, nesse Carisma.

Não somos um povo sem história e sem memória. E a memória primeira que fazemos desses vinte anos são dos nossos Fundadores, Sandro e Rose.

Portanto, sugiro para todos nós um questionamento.

• O que você conhece do seu Fundador?
• Qual o nível de relacionamento que você tem com ele? – Compreendam-se nesta questão sentimentos, afetos, sonhos de Deus.

Desejo que essas reflexões nos ajudem a lançarmos, como família, um olhar com esperança para o futuro.

Por Assessoria Vocacional