18 – EBS 2016 – 03 a 09 de julho

Corrigir os que erram (parte 1)

“Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo” (1 Cor 13,6).

Chegamos à oitava obra de misericórdia, sendo esta uma obra espiritual que refere-se acima de tudo ao pecado, de modo que outro modo de formulá-la seria “corrigir o pecador”. O ponto de partida para sua compreensão são as palavras de Jesus em Mt 18,15-17, acerca da correção fraterna, considerada por Ele como via segura para ganhar os nossos irmãos.

Sendo, portanto, a correção um instrumento para salvarmos vidas, compreendemos que ela só pode ser bem exercida ou aplicada por pessoas que realmente amam, isto é, por pessoas que querem o real bem daqueles que são corrigidos, a salvação eterna.

Relativismo: um problema atual

Estamos falando de uma obra de misericórdia que possui, como veremos, ampla fundamentação bíblica e também respaldo na prática da Igreja em mais de dois mil anos. Porém, vivemos em uma sociedade problemática, que trata com descaso tantos princípios vitais para a formação e o crescimento das pessoas.

Somos da sociedade do cada um por si, sociedade do relativismo, que prega a inexistência de uma verdade absoluta (e assim nega Deus e Sua Vontade), porque, no fundo, se diz, cada um tem a sua verdade, e a verdade de cada um é aquilo que lhe dá prazer e bem-estar. O que importa é ser feliz… E quem sou eu, ou quem é a Igreja para se meter na vida dos outros e lhe dar sermão sobre o modo correto de se viver?

Esse relativismo está dentro das famílias e das igrejas inclusive. Quantos pais e mães não conhecem seu papel e não se posicionam perante as práticas dos filhos? Quantos tiraram do seu vocabulário a palavra “não”? Quantos aceitam tudo o que as crianças fazem, cedem a todas as birras e desejos de bens materiais dos adolescentes, e não tem autoridade para instruir? Quantos são mais “amigões” do que pais dos seus filhos? A Palavra de Deus ensina que os filhos é que devem honrar os pais… Mas na sociedade relativista o que temos visto são os pais “fazendo das tripas coração” para honrar os filhos. Isto está errado.

Na Igreja não é muito diferente. Há um evangelho adocicado sendo pregado dos púlpitos, uma pregação ao gosto do cliente, com aparências de piedade, mas que oculta a verdade integral contida na Palavra de Deus. Já não se tem preocupações com a vida espiritual, intelectual e moral dos fiéis. O que importa, muitos dizem, é a pessoa se sentir bem, se apegar com Deus e assim por diante… Vive-se de qualquer modo, aceita-se tudo “em nome da misericórdia” e não se pode fazer correções, pois senão o povo corre. Quantas amizades são mantidas com adulação e bajulação? Quantos são incapazes de corrigir o irmão?

Esta obra de misericórdia é provocativa. Ela nos desafia a viver na verdade e a dar testemunho da verdade contida na Palavra de Deus, que contém o único padrão de conduta que nos garante felicidade e salvação, e que jamais será revogado.

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