O sonho da minha mãe era ter uma filha. Depois de muito choro e dificuldades, Deus realizou esse sonho.
Mas quando nasci os médicos informaram a meus pais que eu tinhauma doença genética, congênita e rara, um problema na pele chamado Ictiose Lamelar, que deixa a pele sensível e descamada, com aparência bem diferente. Ela aparece já no nascimento e se espalha progressivamente pelo corpo da pessoa. Os médicos disseram para meus pais não me abandonarem, mas tenho certeza que eles jamais fariam isso.
Acontece que desde os dois meses de idade faço acompanhamento médico para tratar essa doença. No começo, não entendia o que era, usava muitos cremes, pomadas, mas percebia meus pais entristecidos com os olhares preconceituosos que as pessoas lançavam quando me viam. Mas isso só compreendi depois, quando eu mesma fui sentindo esse preconceito, ao entrar na adolescência.
Logo, um médico dispensou o uso de medicamentos e me indicou continuar apenas com os cremes, pois havia tido uma boa melhora. Eu estava com 15 anos e apesar da melhora no tratamento, eu me sentia muito mal, chorava, achando que nunca teria amigos ou um namorado.
Deus me surpreendeu, pois tenho muitos amigos que me apoiam muito, tive um namorado que me apresentou para a família dele e tudo. Isso fez com que eu mesma me aceitasse, agradecesse a Deus por tudo que Ele me proporcionou, mas também que acreditasse que somente Ele pode me curar.
No início de julho fiz a experiência de oração jovem na Comunidade Fanuel, experimentando fortemente o amor de Deus e esses dois dias de retiro me fizeram crer que Deus é capaz de me curar, e eu anseio que esse dia chegue o quanto antes em minha vida.
Letícia Ribas
Experiência de Oração Jovem
